sábado, 23 de novembro de 2019

INICIAÇÃO NA LOJA MAÇÔNICA EDSON ALVES

No dia 22 de Novembro de 2019 a Loja Maçônica Edson Alves realizou uma Sessão Magna de Iniciação de dois novos membros para seu quadro de Obreiros. 

Com a presença de 22 Irmãos do Quadro e 57 Irmãos Visitantes representando 22 Lojas Cô-Irmãs, a Loja sob o comando do Venerável Mestre João Batista de Oliveira recebeu com grande alegria e satisfação os neófitos Antonio de Sá Neto e Roberto Donizetti de Sá Junior.

Os Irmãos visitantes marcaram presença representando suas Lojas e contribuindo para a realização da cerimônia, com destaque para a presença de 10 Irmãos da Cô-Irmã Alpha e Ômega que trouxeram de sua Loja um sentimento de União e Fraternidade assim como todos os outros visitantes, os quais receberam os agradecimentos do Venerável.

Em ato contínuo o Venerável Mestre comandou uma Sessão Pública onde a Fraternidade Feminina recebeu as novas fraternas : Fernanda Cordeiro Crosara ( Ir.'. Antonio ) e Leandra Fratorri Faria de Sá ( Ir.'. Roberto ). 

Durante a Sessão Pública, a Presidente da Fraternidade Feminina Ilma Souza de Oliveira deu boas vindas às novas integrantes e a Madrinha Shirley Apª. S. de Lima entregou flores às novas Fraternas. Após a sessão no salão de festas os convidados foram recepcionados com um excelente jantar.

Registros da sessão.




Registros da sessão pública e recepção no salão de festas



quinta-feira, 7 de novembro de 2019

VISITAS DO VENERÁVEL

 Com o objetivo de estreitar os laços que nos unem como verdadeiros Irmãos, o Venerável da Nossa Loja Edson Alves vêm fazendo visitas às Lojas Cô-Irmãs representando a nossa Oficina, retribuindo as visitas e todo apoio recebido .

Abaixo registro desses momentos de fraternidade :


No dia 22 de Outubro visita à Nossa Cô-Irmã Guardiões do Triângulo, ladeado pelo Venerável Mestre Luciano e os dois Vigilantes 





No dia 05 de Novembro visita à Nossa Cô-Irmã  Uberlãndia , ao lado de nobres Irmãos 






No dia 07 de Novembro visita à Nossa Cô-Irmã Estrela Uberlandense ao lado do Venerável Leônidas 



segunda-feira, 21 de outubro de 2019

VISITA À CLAUDIO DAS NEVES

Em retribuição a várias visitas recebidas, o Venerável Mestre João Batista de Oliveira acompanhado da Cunhada Ilma e o Tesoureiro Weliton Vitória de Lima acompanhado da Cunhada Shirley, estiveram no domingo (20 de Outubro) prestigiando o Festival de Sorvetes da Loja Maçônica Cláudio das Neves.

Mais uma oportunidade de agradecer todo o apoio que a Loja Maçônica Edson Alves tem recebido da Loja Cô-Irmã Claudio das Neves e ainda estreitar os laços de União e Fraternidade. 





sábado, 19 de outubro de 2019

VISITA A LOJA CÔ IRMÃ

Dia 16 de Outubro de 2019 o Venerável Mestre da Loja Maçônica Edson Alves, João Batista de Oliveira, esteve na Loja Cô-Irmã Fraternidade Uberlandense visitando e representando todos Irmãos em um ato de retribuição a todas as visitas anteriormente realizadas por essa Oficina.

Os laços de União e Fraternidade sendo reforçados e renovados !!!






terça-feira, 15 de outubro de 2019

VISITANTES ILUSTRES

Desde a sua fundação a Loja Maçônica Edson Alves vem recebendo visitas de Lojas Cô-Irmãs de forma expressiva, estreitando assim os laços de União e Fratrernidade que sempre nos uniram. 

É com um sentimento de Gratidão e Respeito que agradecemos esse apoio, na sessão do dia 11 de Outubro contamos com a presença de vários Irmãos visitantes , em especial representantes da nossa Cô-Irmã Cláudio das Neves que sempre tem nos apoiado em nossos trabalhos .

 Rogamos ao Supremo Arquiteto do Universo que proteja os Irmãos e todos os seus familiares que consideramos como nossos também .  

Abaixo foto do Venerável João Batista de Oliveira com o Venerável da Loja Cláudio das Neves Turíbio José da Silva :




TRABALHO DO IRMÃO DAVID ARAÚJO JUNIOR

No dia 11 de Outubro de 2019 o Irmão David Araújo Junior apresentou na Loja Maçônica Edson Alves, a palestra sobre O Pavimento de Mosaico dando enfoque à visão Cabalísta do tema 


IRMÃO DAVID ARAÚJO JR





O SIMBOLISMO E SIGNIFICADO CABALÍSTICO DO PAVIMENTO MOSAICO


Trabalho apresentado à A.:R.:L.:S.: "Edson Alves", no. 4604, Oriente de Uberlândia - MG - GOB


Este trabalho é carinhosamente dedicado ao Ir.: Valdivino Vieira Nunes, meu irmão e pai do coração.


Pavimento mosaico ou pavimento de mosaicos?    

            O pavimento mosaico que estende-se no centro do templo maçônico tem especial importância analógica e simbólica e constitui um dos ornamentos da loja.



            Embora exista literatura designando-o como "pavimento de mosaicos", este termo não condiz com os primeiros escritos da Ordem. O adequado seria "pavimento mosaico", no singular. O plural seria verdadeiro se tivéssemos vários mosaicos na mesma estrutura.
            Antes de discutirmos o pavimento mosaico como analogia ou símbolo é preciso estudar a origem do termo "pavimento mosaico". O termo "mosaico" pode referir-se:
- Um painel de juxtaposição de pedras de distintas cores, formando desenhos ou formas geométricas.
- Um adjetivo referente a Moisés, profeta hebreu, considerado o maior deles pelos judeus, responsável pelo livramento do povo de Israel da escravidão no Egito e a codificação da Torá e dos dez mandamentos fundamentais do povo escolhido de Deus na antiguidade.

Pavimento mosaico como juxtaposição de ladrilhos

            Se tomarmos o primeiro sentido podemos considerar o pavimento mosaico como um símbolo visível de verdades maçônicas invisíveis.
            Os quadrados brancos e pretos simbolizam a dualidade do universo. Os opostos: claro e escuro, luz e trevas, positivo e negativo, quente e frio, masculino e feminino, o Bem e o Mal.
            Os opostos fazem parte de tudo que fazemos em nossas vidas. O maçon deve ter sabedoria para caminhar sobre os opostos. O livro de Eclesiastes diz "Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?" (Ec 7:16).




 Não conseguiríamos viver neste mundo se fôssemos justos ou sábios o tempo todo. Erasmo de Rotterdam, em seu "Elogio da Loucura" nos fala da necessidade de traços de insanidade para que vivamos próximos uns aos outros. É preciso ser um pouco louco para aceitar a loucura dos outros, que não é nada mais que as diferenças entre nós. O Bem não seria valorizado sem o contraste do Mal. As trevas e a luz são dois polos do mesmo espectro e a luz excessiva nos cegaria, assim como a escuridão absoluta. O frio extremo e o calor extremo matam. O masculino não subsistiria sem o feminino. O homem possui características masculinas e femininas no seu corpo e na sua mente que dão o equilíbrio nas situações da vida. O que nos atrai para o feminino é nossa própria porção feminina. E vice-versa. A tese do negro e a antítese do branco se unem na síntese.
            A borda denteada que circunda o pavimento mosaico simbolizaria o pai que congrega todos os filhos à sua volta, ou a humanidade, constituída por todas as suas inconsistências e diferenças, unidas em um todo coerente (um retângulo de dimensões áureas), limitados pela sabedoria e onisciência do G.:A.:D.:U.:


            Estas são interpretações possíveis e com elas poderíamos nos estender indefinidamente.

Pavimento mosaico como símbolo cabalístico

            No entanto, gostaríamos de discorrer sobre o significado cabalístico do pavimento mosaico e da palavra "mosaico" como sendo referente a Moisés e o povo israelita.
            O simbolismo dos graus maçônicos é em grande parte derivado dos ensinamentos e escritos mosaicos, segundo Albert Mackey.
            A Cabala ("Tradição") é considerada a tradição mística do ocidente. Sua existência é anterior aos sumérios, primeiro povo a utilizar a escrita, 3000 anos antes da era cristã. Suas origens se perdem e não há registro escrito da primeira menção aos ensinamentos cabalísticos. A Cabala constitui-se de ensinamentos originados das tradições egípcia, suméria e indiana. A tradição diz que os ensinamentos cabalísticos foram passados a Abraão por Enoque ("homem consciente"), filho de Seth ("fundamento").
            A Cabala oral perpetuou-se pelo discipulado dos mestres aos aprendizes da antiguidade. A Cabala escrita surgiu com a língua hebraica. Porém a Cabala oral continuou como tradição de ensinamentos passados pelos rabinos nos círculos iniciados, como interpretações da cabala escrita (Midrash).
            A Torá, ou Torah, é o conjunto de livros sagrados do judaísmo que contém a Cabala escrita em hebraico, codificada ("o que está à vista e não se vê"). Seu primeiro codificador foi Moisés, que segundo a tradição, a recebeu no alto do monte Sinai. Os cinco primeiros livros da Bíblia, o pentatêuco, formam o corpo da Torá na herança cristã.




            O hebraico antigo, no entanto, não possuía vogais, apenas consoantes. A leitura da Torá era reservada aos mestres, que davam sentido ao texto ao incluir nele suas "vogais". Com isto o texto era aberto a interpretações e ensinamentos que só poderiam ser passados aos iniciados durante a leitura pelo rabinos. A Torá teria interpretações distintas dependendo do ambiente espiritual em que era lida, permitindo infinitas combinações.
            Sabemos pela fisiologia da linguagem que as vogais são sempre vocalizadas através de um expirar controlado pelos músculos da fonação, pela conformação da cavidade nasal e pela língua: um sopro controlado, portanto.
            Os comentaristas cabalistas, como Gershon Sholem (1989) dizem que a verdadeira Torá não é somente o conjunto de livros dados a Moisés no monte Sinai. Que a Cabala primordial era considerada pelos místicos antes do século XIII como escrita antes da fundação do mundo, com "fogo negro sobre fogo branco". O fogo negro seria a lei escrita e o fogo branco a Cabala mística, revelada espiritualmente.




            Assim o branco do papel e o negro da escrita tomavam sentido pelo sopro do mestre. E a Torá, embora visível para todos, só assumia seu sentido mais místico pela expiração do mestre. E tornava-se pessoal, dirigida a cada homem e sua história espiritual. De acordo com o pentatêuco, lemos: "3Se andardes nos meus estatutos, e guardardes os meus mandamentos e os cumprires... 12Andarei no meio de vós, e serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo" (Lev 26: 3-12).
            No original hebraico o termo "andares" tem realmente o sentido de locomover-se, ir adiante. Portanto, caminhar sobre o pavimento mosaico teria o sentido de caminhar pela vida, guiando-se pela Lei de Deus, não só escrita e acessível a todos os homens, mas interpretada por cada homem de acordo com a inspiração dada pela lei natural, a lei que repousa na consciência de cada um. Transfere, portanto, a responsabilidade de nossa conduta das mãos de outros homens para torná-la individual. Se seguirmos os ensinamentos místicos de acordo com a lei natural, estaremos fazendo aquilo que nos foi proposto desde o princípio (a eternidade de Deus).
            Ainda mais, caminhar sobre o pavimento mosaico significa que o maçon deve caminhar pela vida sabendo que há multiplicidade de interpretações e condutas, não limitadas por esta existência, ou por sua existência particular. Portanto, um chamado à humildade de caminhar por esta vida com a visão do aprendiz. Sempre haverá uma Verdade oculta.
            A borda denteada também pode também ser interpretada cabalisticamente como parte do pavimento mosaico e não somente um continente ou um limitador da vida espiritual do maçon. Ela é formada por triângulos equiláteros alternados, com os brancos com o vértice para o exterior e os negros com o vértice apontando para dentro. Sua interpretação seria exatamente o contrário de uma contenção, de um limite. Suas cores branca e preta apontariam para o caráter infinito da Lei Divina. Enquanto os triângulos negros apontam para dentro, para o mundo material, dirigido pela lei física, o mundo espiritual, ilimitado, simbolizado pelos triângulos brancos, aponta para fora, para a eternidade, para o caminho em direção ao G.:A.:D.:U.: O espírito é, portanto, ilimitado, e não prende-se à forma ou ao mundo material.
            Vale notar também que a Física nos mostra que a cor preta é a ausência absoluta de cores, enquanto o branco é a junção de todas as cores, segundo os experimentos de Isaac Newton. O negro, neste contexto, é a ausência de diversidade, de variabilidade, a Torá escrita com a intepretação estática, o plano físico. O branco é o universo de possibilidades (cores) que a interpretação oral permite. Há aí também uma mensagem aparentemente paradoxal. O branco não sugere mais a ideia de vazio. Sugere a ideia de totalidade, de plenitude.

Conclusão

            O papel do símbolo é evocar a Verdade oculta e nos fazer trazer para a vida seu significado e a sua prática. Neste estudo pude confrontar-me com a realidade da diversidade de opiniões, verdades e intepretações contidas nos símbolos maçônicos. A pesquisa me levou a fontes antigas, como a enciclopedia de Mackay,



 um dos pilares de nossa maçonaria especulativa, ao mesmo tempo que me colocou em contato com veículos importantes, atuais e fidedignos como a revista Ciência e Maçonaria.
            A interpretação alternativa do pavimento mosaico em relação à Cabala nos dá um novo olhar sobre um assunto que julgávamos saber, abrindo nossa consciência maçônica para a grande verdade de estarmos todos aprendendo continuamente neste longo, eterno e prazeroso caminho rumo à justiça e à perfeição.
           
Referências bibliográficas:

- Bíblia Sagrada na tradução de João Ferreira de Almeida.
- Noções Elementares de Cabala - A Tradição Esotérica do Ocidente - Francisco Valdomiro Lorenz - Editora Pensamento.
- Pavimento Mosaico - uma incursão simbólica pela Cabala medieval. - Rodrigo Peñaloza - Revista Ciência e Maçonaria - Vol 1 (2): 137-156 - Jul/Dez 2013.
- Aprendiz Maçon Pleno - João Dias - 2a. edição - 2016.
- Encyclopaedia of Freemasonry - Albert Mackay - Moss and Company - 1874. Google Books.
- Simbolismo do Primeiro Grau - Rizzardo do Camino - Livraria Maçônica Paulo Fuchs - sem data.
- Manual do Aprendiz Franco Maçon - Introdução ao Estudo da Ordem e da Doutrina Maçônica - Aldo Lavagnini - sem data.
- Elogio da Loucura (Encomiun Moriae) - Erasmo de Rotterdam (1466-1536) - edição em pdf de 2002 do site dominiopublico.gov.br.

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sábado, 28 de setembro de 2019

APRESENTAÇÃO DE TRABALHO

No dia 27 de Setembro de 2019 na Loja Maçônica Edson Alves, o Irmão Companheiro Marcos Sandoval apresentou um trabalho sobre o Avental Maçônico abordando os aspectos simbólicos da vestimenta maçônica dentro dos preceitos do Grau II. O trabalho veio demonstrar os conhecimentos adquiridos pelo Irmão com vistas a um próximo aumento de salário . 


IRMÃO MARCOS SANDOVAL




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DIPLOMAÇÃO DE MESTRE INSTALADO

Dia 27 de Setembro de 2019 na Loja Maçônica Edson Alves, o Irmão Antonio Mancini entregou ao Venerável Mestre João Batista de Oliveira seu Diploma de Mestre Instalado. O Irmão João Batista é o Primeiro Venerável eleito pela Loja que foi fundada em Setembro de 2018 , parabéns ao Venerável e a todos os Obreiros que estão construindo a história dessa Oficina .



segunda-feira, 2 de setembro de 2019

TRABALHO APRESENTADO PELO IRMÃO ANTONIO JAIR


No dia 23 de Agosto o Irmão Deputado Federal Antonio Jair Amarante Garcia, apresentou na Loja Maçônica Edson Alves ,um trabalho sobre a participação da Maçonaria na  Independência do Brasil . 

IRMÃO ANTONIO JAIR

A FUNDAÇÃO

Aos vinte e oito dias do terceiro mês da Verdadeira Luz de 5822, foram
abertos os trabalhos na Loja Comercio e Artes no Rio de Janeiro, com a
proposta de criação de uma nova Potência, pois fazia-se necessário.

Como Presidente da sessão foi eleito o Ir Graccho, que nesse dia, também,
foram eleitos os Oficiais da Grande Loja.
Tendo sido eleitos, como 1º Vig o Ir Magalhães e como 2º Vig o Ir Anibal, o
Presidente fez a leitura da Constituição. Em seguida fez a nomeação do
Grão Mestre da Maçonaria Brasileira, sendo nomeado o Ir Jose Bonifácio
de Andrada e Silva.

 Foi solicitado que fosse enviada uma prancha a fim de
comunicar ao Ir o feito e solicitar seu comparecimento a fim de prestar o
juramento.
Foi, em seguida, nomeado do Delegado do Grão Mestre, sendo
dispensada a eleição por votos e, por aclamação ficou sendo o Ir Joaquim
de Oliveira Alvarez. Após seu juramento, foram eleitos e empossados seus
Oficiais.
Assim composta a Diretoria foi feito o nascimento do GRANDE ORIENTE
DO BRASIL.

A primeira Obediência Maçonica nacional, em sua fundação teve como
objetivo principal a emancipação politica nacional, pois seus membros
prometeram solenemente que teriam como meta primordial a
Independência do Brasil.
Para que fosse fundado o GRANDE ORIENTE BRASÍLICO, assim era seu
nome à época da fundação, se fazia necessário que houvessem três Lojas
reconhecidas, com isso a Loja Comercio e Artes, fundada em 1815,
sorteou entre seus membros, que iria fazer parte das novas Lojas. Foram
assim criadas a Loja Esperança de Niteroi e a União e Tranquilidade, que
foram instaladas em 21 de junho, quatro dias depois de fundado o Grande
Oriente do Brasil.

Como filho espiritual do Grande Oriente da França, que inaugurou o
sistema Obidiencial de Grande Oriente, em 1772, já que, até então, só
existiam Grandes Lojas, o Grande Oriente do Brasileiro, com sua três
Lojas metropolitanas adotou o Rito Moderno ou Francês.

Sintese, comentada, da Ata de Fundação do Grande Oriente do Brasil.

Bibliogradia: A Historia do Grande Oriente do Brasil, Jose Castelanni,
publicação do GOB

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terça-feira, 20 de agosto de 2019

DIA DO MAÇOM

Dia 20 de Agosto é comemorado o dia do Maçom no Brasil . Para todos os Irmãos que contribuem diariamente para que o mundo seja mais Justo e Perfeito , fica aqui a nossa homenagem . 






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segunda-feira, 12 de agosto de 2019

HOMENAGEM AO DIA DOS PAIS

No dia 09 de Agosto de 2019 a Loja Maçônica Edson Alves realizou uma homenagem ao Dia dos Pais .  
O Irmão Antonio Mancini realizou uma palestra sobre o Tema Ser Pai , iniciou com um belo conceito : " a decisão de ter um filho é muito séria . É decidir ter , para sempre , o coração fora do corpo " ( Elizabeth Stone ).

Em seguida a Fraterna Naira Neme fez uma saudação a todos os pais presentes , em nome das Cunhadas e convidados . 


Após a reunião foi oferecido , por parte da Fraternidade Feminina Edson Alves um delicioso jantar aos pais e convidados .


sexta-feira, 19 de julho de 2019

TRABALHO APRESENTADO PELO IRMÃO DAVID ARAÚJO JUNIOR

A PEDRA BRUTA



IR.'. DAVID ARAÚJO JUNIOR




 Entre os símbolos presentes no painel de aprendiz maçon o da pedra bruta tem lugar de destaque. Trabalhar a pedra bruta é a primeira tarefa do aprendiz, aquela no qual se esforçará até obter seu primeiro aumento de salário. Chamamos pedra bruta àquela na qual não houve trabalho de desbaste, de entalhe ou de polimento. Tal qual saiu da natureza, submetida às forças aleatórias que se manifestaram sem coerência e sem planejamento. Milênios de deposição de sedimentos, de pressões impensáveis e de deslocamentos fizeram com que ela tivesse sua forma irregular, cheia de arestas e cantos vivos, difícil de ser empregada em tarefas nobres de construção como acabamento, paredes regulares, abóbadas, arcos e pisos. Sua forma e utilidade tipificam o aprendiz maçon e sua condição ao entrar a ordem e receber a luz pela primeira vez.
Submetido às pressões ele amoldou-se ao solo que o recebeu, à sociedade onde vive, com todos os seus paradoxos e vícios. Sua constituição desenvolveu-se pela deposição de ideias e crenças que vieram por todos os lados, sem o filtro da sabedoria dos antigos e sem os milênios de reflexão que levaram a Ordem ao seu estado atual. Foi portanto em um ambiente povoado de superstições, cheio de preconceitos, obstruído pela ignorância, que o aprendiz moveu-se durante sua vida, lutando da melhor maneira para aceitar e ser aceito.

 A partir do momento que recebe a luz, recebe também o malho e o cinzel para polir seu caráter e suas convicções, simbolizado pela pedra, onde deverá colocar todo seu talento e artesania, erguendo templos à virtude e cavando masmorras aos vícios, os seus próprios.
 Michelângelo, o artista do Renascimento, dizia que via em cada pedra bruta a figura de beleza que nela habitava. Que seu único trabalho e maestria era retirála e separá-la das aparas de pedra que a impediam de manifestar-se em toda sua beleza. Devemos ter nossos olhos voltados para a perfeição, para a pedra que desejamos ser, como o artista olha a pedra e vê a escultura em seu interior.
 No livro do Êxodo, capítulo 20, verso 25, diz que os hebreus deveriam construir seus altares de pedras não lavradas, pois o buril as profanaria e elas já não seriam santas.

 Aí entramos na definição de que estas pedras deveriam ser cuidadosamente escolhidas para que se coaptassem perfeitamente, sem necessidade de cinzel e malho. Pedras santas, saídas da natureza sem defeitos, sem a intervenção do homem. Tipificam os homens santos, aqueles que resistindo às pressões e à deposição dos sedimentos, mantiveram-se sábios e úteis ao serviço de Deus.
 Nós maçons não somos santos. Viemos de um mundo que nos moldou à sua semelhança e precisamos construir um mundo ideal, divino, desbastando nossas imperfeições e olhando para o alto. Como dizia meu avô José Araújo, maçon convicto e modelo, em uma frase que povou minha infância: "a Maçonaria é perfeita, os maçons não".
 No capítulo 4 do livro de Josué a Bíblia nos fala da ordem recebida pelos judeus de escolher doze pedras, cada uma simbolizando uma das tribos de Israel, para que erguessem um monumento em memória à sua passagem pelo rio Jordão.


A pedra foi escolhida por ser permanente, duradoura, sólida. O monumento erguido serviria para mostrar às gerações vindouras o cuidade de Deus durante a travessia do Jordão. A pedra é símbolo de solidez, permanência, durabilidade. Tal qual o que se espera do maçon em sua busca da perfeição. O primeiro livro de Reis (capítulo 7, verso 10) nos conta que o Templo do Senhor erguido por Salomão teve seus fundamentos feitos de pedras escolhidas, separadas, adequadas. Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que toda a vida da Terra originou-se a partir das pedras. Os elementos constitutivos da vida encontram-se amalgamados nas pedras que compõe a camada mais superficial do globo, a litosfera (Litos = pedra).

 As plantas, que são a base da pirâmide alimentar, precisam fixar-se à terra, que não é nada mais que partículas de pedras solapadas pelos elementos das rochas primordiais. A utilização da pedra marca a transição da civilização humana de seu caráter nômade para a vida de comunidade fixa, permanente.
 Os seres humanos já dominavam os princípios rudimentares da agricultura e da pecuária, mas mantinham-se nômades, passando de um lugar a outro na medida em que os recursos da região tornavam-se escassos. No momento em que aprendeu a dominar a natureza e controlar seus ciclos, o homem começou a edificar em pedra, permanente e sólida, estabelecendo-se na terra como seu senhor. Já não temia os ventos, as tempestades, as enchentes e a seca. Podia abrigar-se do frio e do calor, armazenar água para seu sustento e de seus animais, e para irrigar suas terras.

 O homem primeiro dominou a pedra, moldando-a a suas necessidades (pedra lascada), fazendo ferramentas primitivas. O próximo passo foi aprender a desgastá-la e fazer com ela vasos, ferramentas e armas (pedra polida). A idade da pedra durou de 30.000 a 3.000 AC. Finalmente aprendeu a manipular os metais e adaptá-los a suas necessidades (idade dos metais). Era o início da Ciência. A pedra mudou a história. Os documentos antigos, como as tabuletas dos sumérios, eram escritos em pedra, pela sua permanência. 
Os dez mandamentos dados a Moisés foram talhados em pedra, para que não se perdessem.

 Jacó tomou uma pedra a e erigiu em estrela, derramando sobre ela o óleo, a fim de marcar o lugar onde repousara sua cabeça após a visão da escada (Gênesis capítulo 28). Tomando ainda a figura da permanência e da solidez, Pedro, que era Cefas, foi chamado de pedra sobre a qual seria erigida a Igreja. Não a Igreja visível, humana e falível, mas a Igreja Invisível, composta por todos aqueles que seguem os passos do Cristo.
 Na primeira carta de Pedro, no capítulo 2, a pedra angular, que erige a Igreja, é preciosa para os que a reconhecem, mas é pedra de tropeço para aqueles que não entendem sua importância. A sabedoria sem conhecimento é inútil, o conhecimento sem a sabedoria é perigoso, fonte de divisão, conflito e tropeço.


 Jesus Cristo é a pedra angular, a pedra que sustenta a abóbada, a pedra principal na grande estrutura
do cristianismo. No entanto, foi rejeitada pelos construtores que não viram seu valor até que fosse tarde demais. 
 Para os muçulmanos a pedra mais preciosa é a que está na Caaba, em Meca. Vinda do céu como um meteoro está preservada e é fonte de devoção para os peregrinos que a vêm como símbolo da deidade e da permanência de Deus. Todo muçulmano deve fazer pelo menos uma peregrinação a Meca durante sua vida para atingir a plenitude da salvação. 

Os judeus ainda hoje depositam pedras no túmulo de seus queridos, como símbolo de sua devoção a eles e da sua eterna memória. Os cemitérios judeus não têm flores, impermanentes, perecíveis e instáveis. Lá vemos pedras, símbolos da força da memória. Um importante arqueólogo certa vez observou que nossa civilização deverá passar e os únicos registros que os nossos futuros descendentes poderão decifrar são aqueles escritos na pedra. O papel, se não conservado adequadamente, se desmanchará. Os meios digitais só serão lidos se preservados em mídias duráveis. O que "postamos" nas redes sociais irá perecer. 

A pedra de Roseta, encontrada por Napoleão no Egito, foi a chave para decodificar os hieróglifos.. Durante uma de suas expedições (1799), em Roseta (Rashid) encontrou uma pedra onde estavam gravadas mensagens em grego, demótico e hieróglifos. Eram as três línguas utilizadas na época de sua lavradura (196 AC) e que permitiram que sacerdotes (hieróglifos), governantes (grego) e o povo (demótico) pudessem entender os escritos. Isto permitiu por comparação a tradução dos símbolos antigos do Egito. Em 1822, Jean-François Champolion decifrou os hieroglifos (hieros = sagrado; glifo = escrita). Podemos traçar analogias entre a pedra bruta e os conhecimentos maçônicos, que nos fazem recordar as qualidades do maçon ideal. A pedra para ser utilizada deve ser desbastada e esquadrejada. Isto quer dizer que ela deve ser moldada a um formato cúbico ou de paralelepípedo (esquadrejada), de fácil assentamento e que amolda-se mais facilmente às outras pedras da estrutura, sem deixar falhas e com o uso do mínimo possível de argamassa. A pedra bruta necessita uma grande quantidade de argamassa para adaptar-se às imperfeições das demais. Quanto mais imperfeitas, mais argamassa. Assim o aprendiz maçon, para adaptar-se ao seu lugar no edifício da Maçonaria precisa da argamassa de suporte para preencher suas falhas. A argamassa é feita dos restos tirados das demais pedras, triturados e adicionados de um adesivo (cimento). Aquilo que se rejeita de outras pedras serve de argamassa para o assentamento das novas. É um processo de reciclagem da sabedoria, de renovação de valores, de busca de perfeição. 
Na figura da romã vemos a perfeição da natureza. Os gomos da romã nascem juntos e as faces de um se amoldam perfeitamente às faces do outro, sem falhas e sem necessidade de polimento. 

Os maçons, humanos e falíveis, querem tornar-se favos da romã, adequando-se justa e perfeitamente ao outro. O assentamento das pedras é a tolerância. A maneira como vemos a falha do outro e nos adaptamos a ela para o bem do edifício maior que é a humanidade. Não há construção sólida sem tolerância. Não há construção sólida sem o trabalho de adaptar as pedras umas às outras. Não há construção sem a argamassa feita dos restolhos de pedra que deixamos pelo caminho. Não há como desprezá-los. É preciso torná-los úteis na construção de nossas catedrais e templos à virtude.



 A.:M.:David Araújo Júnior
 Peça de Arquitetura apresentada à ARLS Edson Alves 4604.

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 Referências: - Bíblia Sagrada na tradução de João Ferreira de Almeida. - 
C.A.R. Andrews, The Rosetta Stone (London, The British Museum Press, 1982). - 
C.A.R. Andrews and S. Quirke, The Rosetta Stone: facsimile drawing (London, The British Museum Press, 1988).
 The British Museum blog. - 
Ancient History Encyclopedia - em ancient.eu -
 Antônio José Botelho - O significado da pedra bruta - Peça apresentada no G.: O.: de Manaus em 1991. - 
Geraldo Batista de Camargos - A Pedra Bruta e suas aplicações filosóficas - em maçonaria.net - 17 de agosto de 2013. - 
Pedra Bruta - Em Dicionário de Símbolos - dicionariodesimbolos.com.br