domingo, 15 de junho de 2025

HOMENAGEM AO VENERÁVEL JOSÉ WILSON DE SALES

 No dia 23 de Junho de 2023, iniciou-se na ARLS Edson Alves do Oriente de Uberlândia MG, a gestão do Venerável Mestre José Wilson de Sales. 

Nesse dia 13 de Junho de 2025 com o reconhecimento de toda a Oficina, encerrou - se esse ciclo. Durante a última sessão houve várias manifestações de agradecimento ao Venerável José Wilson ( Salin ) e toda a sua Diretoria.



Entre as manifestações de agradecimento ao Venerável Mestre Irmão Salin,   o Irmão  Luiz Paulo Franco - aprendiz maçom - falou da felicidade de ter recebido a Luz pelo malhete do V. Mestre, tornando-se maçom.

No término da sessão o Venerável agradeceu o apoio recebido, reafirmando seu compromisso de estar junto com a Loja, apoiando o Venerável eleito Hailton na próxima gestão da Oficina.  






TEMPO DE INSTRUÇÃO


Durante sessão econômica no dia 13 de Junho de 2025, na ARLS Edson Alves do Oriente de Uberlândia M.G., o Irmão Primeiro Vigilante Marcos Sandoval Medeiros de Freitas apresentou o texto abaixo, convidando a todos para reflexão: 


A MAÇONARIA 

ORIGEM, FUNDAMENTOS, SIMBOLISMO E RELEVÂNCIA NA SOCIEDADE ATUAL

Origem Histórica

A Maçonaria teve origem nas corporações de pedreiros operativos da Idade Média, especialmente na Europa. 



Esses mestres construtores não apenas edificavam catedrais com mãos habilidosas, mas guardavam também um saber simbólico, técnico e espiritual.

 No século XVIII, com o surgimento da Maçonaria especulativa, esse saber foi transposto para uma dimensão filosófica: passou-se a construir, não mais catedrais de pedra, mas templos interiores no coração de cada iniciado.




A fundação da Grande Loja de Londres em 1717 marca o início da Maçonaria moderna, aberta ao pensamento iluminista e aos ideais de liberdade, razão e fraternidade que são os seus Fundamentos e Princípios Éticos

A Maçonaria está alicerçada em três grandes princípios universais: 

. Liberdade, não apenas como ausência de opressão, mas como expressão da consciência esclarecida e responsável.

. Igualdade, não como uniformidade, mas como reconhecimento da dignidade e valor de todo ser humano.

.  Fraternidade, como laço moral que une os homens além das fronteiras políticas, religiosas ou sociais.

Esses fundamentos conduzem o maçom ao aperfeiçoamento individual constante, por meio do estudo, do trabalho ritualístico e da prática da virtude no cotidiano.

Simbolismo: A Linguagem da Tradição

A Maçonaria se expressa através de símbolos — linguagem silenciosa, profunda, acessível ao coração atento e ao espírito reflexivo.

 O esquadro representa a retidão moral.

 O compasso, o equilíbrio e os limites da razão. 

A pedra bruta simboliza o homem imperfeito, que precisa ser talhado pelo esforço interior.




 O Templo não é um edifício físico, mas o símbolo da alma humana em construção.

Por meio desses símbolos, a Maçonaria transmite ensinamentos eternos que escapam ao imediatismo das palavras.

A Percepção Contemporânea e o Papel Social da Maçonaria 

Em um mundo fragmentado por intolerância, desigualdades e crises morais, a Maçonaria permanece como um farol de reflexão, de diálogo e de ética. Embora discreta, sua influência se manifesta na formação de líderes conscientes, no incentivo à beneficência silenciosa e na defesa incondicional da liberdade de consciência.

Não é uma religião, nem um partido político. A Maçonaria não impõe dogmas, mas propõe caminhos. Caminhos de virtude, justiça e amor à humanidade.

A Maçonaria e a Construção de uma Sociedade Melhor 

A verdadeira grandeza de um homem não está no poder que exerce, mas no bem que promove. 

A Maçonaria forma homens comprometidos com a melhoria da sociedade, começando pela transformação de si mesmos.

Cada loja é um microcosmo de fraternidade, onde se aprende que antes de julgar, é preciso compreender; que antes de impor, é preciso dialogar.

Assim, pedra por pedra, gesto por gesto, a Maçonaria constrói o que há de mais duradouro: o caráter e a consciência humana.

E neste aspecto proponho que se faça uma reflexão: em tempos de turbulência e incerteza, a Maçonaria permanece atual porque fala à alma humana — àquela parte de nós que busca sentido, luz e harmonia.

Sua missão não está apenas nos rituais, mas na vida cotidiana de cada maçom, como um exemplo silencioso de honra, discrição e compromisso com a verdade.

A Maçonaria é, afinal, um chamado. Um chamado para que sejamos melhores, mais justos e mais fraternos — não por obrigação, mas por escolha.

São Três Os Símbolos Fundamentais da Maçonaria:

Régua, Esquadro e Compasso

Na Maçonaria, os instrumentos de trabalho dos antigos pedreiros foram elevados a símbolos de profundas lições morais e espirituais. 

Entre eles, três se destacam por seu papel central em praticamente todos os graus e ritos: a régua, o esquadro e o compasso.

 Cada um carrega significados que transcendem a materialidade e convidam à reflexão interior.

1) A RÉGUA – A Medida do Tempo e da Ação Justa




A régua, dividida em 24 partes, simboliza a medida correta da vida. Representa o tempo — talvez o bem mais precioso e irreversível do ser humano — e nos convida a distribuí-lo com sabedoria: uma parte para o trabalho, outra para o repouso, outra para o serviço ao próximo e o cultivo do espírito.

Na dimensão ética, a régua nos ensina a agir com justiça, regularidade e discernimento, sem exageros nem omissões. É um lembrete constante de que toda ação deve ter um propósito elevado, equilibrado e justo;

2) O ESQUADRO – A Retidão de Caráter e Justiça




O esquadro é o instrumento que permite traçar ângulos retos, base da construção sólida. Na Maçonaria, ele simboliza a retidão moral, a integridade e a justiça em nossas ações.

Ser “esquadrado” significa agir de forma justa consigo mesmo e com os outros, cultivando valores como a honestidade, a responsabilidade e o respeito. O esquadro convida o maçom a examinar suas intenções, corrigir desvios e alinhar seu comportamento à virtude.

É por isso que o esquadro aparece em posição de destaque nos altares e insígnias da Maçonaria — ele representa a base ética sobre a qual se ergue o templo interior;

3) O COMPASSO – O Domínio das Paixões e o Equilíbrio Espiritual




O compasso traça círculos perfeitos e é símbolo do espírito que domina a matéria.

 Ele representa o autodomínio, o equilíbrio e os limites que o iniciado deve impor às suas paixões, desejos e impulsos inferiores.

Ao abrir ou fechar o compasso, o maçom é lembrado de que há momentos de expansão e de recolhimento, de ação e de reflexão — e que a sabedoria está em saber medir cada um deles.

No plano mais elevado, o compasso evoca a ideia de Deus como o Grande Arquiteto do Universo, aquele que traça com perfeição os caminhos da Criação.

 A Tríade Simbólica: Construindo o Homem Interior

Juntos, régua, esquadro e compasso formam uma tríade simbólica essencial: 

. A régua orienta o tempo e a ação; 

. O esquadro regula a conduta e a justiça; 

. O compasso guia o espírito e o equilíbrio interno.

Ao dominar esses três instrumentos, o maçom se torna capaz de construir a si mesmo como um verdadeiro templo de sabedoria, ética e fraternidade e desta maneira contribuir de maneira intensa, incansável, e permanente para o bem de toda humanidade.


Ir.'. MARCOS SANDOVAL 


 Observação: Fontes diversas

Imagens da Internet

segunda-feira, 26 de maio de 2025

IV FEIJOADA EDSON ALVES

 As imagens e os videos abaixo,  realçam importantes momentos da 4ª FEIJOADA DA LOJA MAÇÔNICA EDSON ALVES  realizada em 25/05/2025 pela FRAFEM Edson Alves.














O sucesso do evento se deve, não só à participação maciça da Loja, mas também e principalmente ao apoio da comunidade maçonica que se fez presente, contribuindo e estreitando os laços de amizade e de principios de beneficência.







Créditos das imagens e videos  : Cunhada  Fabiana, esposa do Irmão Lucas Ferreira.

domingo, 25 de maio de 2025

TEMPO DE INSTRUÇÃO

 A Loja Maçônica Edson Alves, em Sessão Econômica realizada em 23/05/2025, teve o seu Tempo de Instrução ocupado pelo Sapientíssimo Irmão David Araújo.

O Ir.'. David, por suas lides no campo da espiritualidade, relata que o seu trabalho é inspirado por energias superiores. Essas energias respondem a um questionamento interno do autor sobre a eterna busca do ser humano em entender : de onde vem, o que veio aqui fazer e para onde vai. 

 Segue abaixo o trabalho apresentado : 

 

O PROCESSO DE EVOLUÇÃO HUMANA E ESPIRITUAL SOB A VISÃO QUÂNTICA E DIVINA.

 

                A palavra EVOLUÇÃO nos remete a processos de moldagem, raciocínio, adaptação, estudo, conhecimento, resiliência e tantas outras mais circunstâncias, que se torna em um tema de inesgotável exploração.

 A vida em si, exige de cada um de nós uma programação constante de dinâmicas as mais variadas, muitas vezes desconhecidas, inesperadas, inventadas, improvisadas, todas originárias do nosso processo de auto sobrevivência e de auto defesa. 

Para o HOMEM, três perguntas permanecem ao longo de sua vida, sem uma resposta definitiva, acertada e aceita: DE ONDE VIM? O QUE VIM FAZER? PARA ONDE VOU?



                A vida após a morte, é e será sempre um questionamento sem limites de todas as crenças e religiões. Admitimos que nada se perde no campo da criação, mas qual é o destino de cada transformação, de cada mutação e de suas energias formadoras?

                Entendemos a função dos quatro elementos, TERRA, AR, ÁGUA E FOGO, convivemos com os três reinos, MINERAL, VEGETAL E ANIMAL, sentimos nitidamente as diferenças da dualidade que movem o sistema, POSITIVO E NEGATIVO, mas, somos os eternos aprendizes de como viver em harmonia com nosso EU, com o nosso PRÓXIMO, com DEUS, com o mundo das energias materiais e com o mundo da espiritualidade.




                Se estamos aqui, a cem mil anos, ou há milhões de anos, a conta não importa, porque as perguntas são as mesmas, as dúvidas cada dia maiores, a incerteza interminável.

                Egoisticamente e com toda a ousadia de um pobre pensador, desenvolvi para a minha própria crença e para o meu consolo, a TEORIA DA EVOLUÇÃO HUMANA E ESPIRITUAL SOB A VISÃO QUÂNTICA E DIVINA, baseada em 03 verbos, conjugados do PRESENTE, sendo eles:

                ACEITAR              DESFRUTAR                       DESAPEGAR      

                Na verdade, concluí que a nossa evolução pode ser comparada com a vida de uma fruta: a fruta quando nova, ainda não madura, é ácida, amarga, casca dura, intolerável muitas vezes. É preciso que ela amadureça para se tornar algo servível, útil; entretanto, quando a fruta chega no ponto máximo de seu amadurecimento, todo cuidado é pouco para que não se apodreça; está prestes a servir-se em seu todo, ou fadada à reciclagem natural da transformação. O ser humano é como a fruta; só se dá conta da sua importância como criação Divina quando os anos de amadurecimento lhe moldam o caráter, lapidam suas arestas e se livra das imperfeições pela consciência do já quase na hora de partir. Os meus erros, as minhas arrogâncias, minhas intolerâncias foram me mostrando que a nossa viagem é de muitas paradas e que em cada uma delas há algo importante a ser aprendido para que a chegada ao destino seja mais suave e benéfica.

                ACEITAR: ao iniciarmos a nossa jornada da vida, na concepção e fecundação do óvulo no ventre materno, já nos sujeitamos ao processo de aceitação da alimentação que nos será dada, do tratamento desejado ou indesejado da gravidez, da família em que fomos destinados nascer.




Nascer em um mundo de dualidades absolutas, do bem e do mal, do belo e do feio, do dia e da noite, dos ser ou não ser; a aceitação não está apenas no que queremos seguir, fazer, ser, ou qualquer outra escolha; está, sobretudo, na aceitação das escolhas do outro, de quem vamos conviver, importando sempre a nossa escolha e o respeito à escolha dos nossos semelhantes, nunca nos servindo de comparações para justificar as nossas opções. A aceitação esta no seguir firmemente o seu e respeitar o do outro. Se você cultua as suas virtudes, elas não podem servir de comparação com dos desregramentos de outros. Você será sempre você e o outro será sempre o outro. Apesar das semelhanças, das características, do parentesco, cada um de nós somos individualmente, individuais. ACEITAR, é o primeiro passo da nossa evolução. Talvez o mais difícil por se tratar da arrancada principal, sem a qual, o meio não pode existir.

DESFRUTAR: Desfrutar é o meio do caminho da evolução; tudo que Deus criou sobre a terra está à nossa disposição para ser desfrutado dentro dos parâmetros da moderação. A felicidade é um todo que se nos apresenta de diversas formas: amor, lazer, trabalho, cultura, saúde, amizade, relacionamentos, passeios, e uma infinidade de oportunidades que se abrem a cada momento da nossa existência a nos oferecer momentos emocionantes, únicos e formadores da nossa felicidade e da nossa realização pessoal. 

Nem tudo que você absorve para si, em termos de oportunidades é do agrado dos que lhe cercam, entretanto, o seu desejo só pode importar à você que constrói o seu futuro dentro das suas próprias bases morais, espirituais e humanas.




Desfrutar, é conversar com Deus o tempo todo da nossa vida, agradecendo pelo imenso paraíso de prazeres e de bondades, que ELE, O Grande Arquiteto do Universo reservou para a evolução do homem que fez sua opção pela ACEITAÇÃO das diversidades, das diferenças e das vontades individuais de cada ser vivente. DESFRUTE a vida intensamente, cada momento único, que não volta, mas que se disponibiliza para o nosso crescimento.

DESAPEGAR: fizemos a nossa escolha de vida, aceitamos a dualidade e a diversidade, respeitamos o próximo, promovemos a nossa felicidade desfrutando de tudo o quanto o mundo nos colocou à disposição; ganhamos dinheiro, construímos edificações, ajudamos o progresso, preservamos o que nos foi deixado pelos nossos ancestrais, mas temos que nos conscientizar de que nada disto é nosso, nada nos pertence de fato ou de direito; é preciso DESAPEGAR-SE, deixar para trás sem ressentimentos na certeza de que tudo não passa de uma troca de mãos.




 O que eu desfruto hoje, será objeto de desfrute de outro amanhã; uma regra básica, uma lei mais que natural. O que fica no DESAPEGO é o que construímos no campo moral, ético, espiritual, social e humano.

 DESAPEGAR é o fim da jornada maravilhosa de quem se dispõe a viver uma vida de conquistas e de realizações e de evolução para uma vida melhor que transcende os nossos conceitos e nos esclarecerá, com certeza, as nossas dúvidas: DE ONDE VIM, O QUE VIM FAZER E PARA ONDE VOU?

 

A fonte de origem é a própria inspiração do autor.


 IR.'. David Araújo 

Imagens da Internet

segunda-feira, 17 de março de 2025

HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER / EDSON ALVES

 Na sessão do dia 14 de Março, a Loja Maçônica Edson Alves, realizou uma Sessão em Homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

Durante a cerimônia o Irmão Membro Honorário Carlos Lucena, Venerável Mestre da Loja Luz e Caridade, apresentou uma palestra alusiva à essa data especial. 

Abaixo fotos do evento : 





quarta-feira, 12 de março de 2025

O ARCO REAL E A MARCA PELO IRMÃO SYLVIO ORTEGA FILHO

O Irmão Sylvio Ortega Filho é membro de nossa Oficina e devido compromissos profissionais reside em outro Oriente, apesar disso ele é participativo através das redes sociais e tem mantido contato permanente com os Irmãos do quadro  e  acompanhado de perto as ações da Loja Edson Alves. 






                                               

Para enriquecer os conhecimentos dos Irmãos da  Loja, ele nos oferece algumas colocações sobre a Maçonaria e o Arco Real, assim como a Marca.

Todas de forma extremamente reduzida pela riqueza existente nesses Capítulos.


Abaixo segue diplomas do Irmão, referentes a sua participação nesses Graus Maçônicos:






 

O Arco Real é a continuação direta dos três graus da Maçonaria Simbólica. Seus membros, chamados de companheiros, se reúnem em capítulos de um Grande Capítulo. Os capítulos são governados por três Principais, que governam conjuntamente, e o Grande Capítulo é governado por três Grandes Principais.

O Arco Real (ou Real Arco) trabalha tanto no Rito de York como no Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA).

O Arco Real é um grau maçônico filosófico e simbólico, geralmente conferido após os três graus simbólicos de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom. Ele é visto como o complemento do grau de Mestre, fechando o ciclo da busca pelo conhecimento perdido na lenda de Hiram Abif.

Muitas tradições maçônicas dizem que `quem não passou pelo Arco Real, ainda não completou o conhecimento maçônico´.  

Os ensinamentos do Arco Real giram em torno da continuidade do Templo de Salomão, que descoberta do Nome Sagrado de Deus.

Os principais temas filosóficos são:

Busca pela Verdade Perdida

Renascimento e Redescoberta

Humildade e Sabedoria

Triunfo da Virtude sobre a Ignorância.

O Arco Real é uma metáfora para a busca espiritual do homem pela sua essência divina.

No plano esotérico, ele simboliza que o verdadeiro segredo da Maçonaria não é algo externo, mas sim a revelação interior da centelha divina que habita no coração do iniciado.

Já a Maçonaria da Marca é uma das mais belas áreas de estudo filosófico.

Ela tem um caráter filosófico, simbólico e operário, completando os ensinamentos dos graus simbólicos, especialmente o do Companheiro Maçom.

Essa ordem está presente principalmente em sistemas anglo-saxônicos, como o Rito de York e a Maçonaria Inglesa, que é a mãe do Rito Escocês Antigo e Aceito (inclusive do Rito Brasileiro).

Geralmente, o grau de Mestre da Marca é conferido antes do Capítulo do Arco Real.

A sequência entre o Grau da Marca e o Arco Real vai depender do rito ou da tradição maçônica que está sendo seguida, pois cada sistema tem regras próprias.

No Rito de York (Inglaterra, EUA) a Marca vem antes do Arco Real. Portanto o Grau de Mestre da Marca é considerado pré-requisito obrigatório para o Arco Real. 

O ritual da Marca se baseia na lenda dos construtores do Templo de Salomão.

Existe um estudo aprofundado sobre a pedra angular que anteriormente havia sido rejeitada depois de ter sido preparada por um maçom que ainda não havia galgado o grau de mestre.

Esses ensinamentos são profundos e nos levam a reflexão do nosso ser interno.

No fim da construção, essa pedra rejeitada se revelou ser a Pedra Angular (ou Pedra de Cimalha).

Um dos aspectos mais simbólicos da ordem é a entrega ao candidato de um Símbolo ou Marca Pessoal.

A Marca demonstra que cada Ir:. tem a sua personalidade, portanto se resume a alguns pontos de reflexão:

Uma personalidade única de cada indivíduo

Remete a individualidade

Dá importância individual do próprio destino.

Ao final da iniciação nesse Capítulo é entregue ao Maçom a Medalha da Marca, que passa a identificar o Ir:. nesse Capítulo.

Guarda uma relação aos nomes dados aos iniciados no Rito Adonhiramita.

Ser um Maçom da Marca é alcançar a Grande Obra do Supremo Arquiteto do Universo.

O título de Mestre Maçom da Marca vai mostrar que o verdadeiro significado dos maçons passa por:

Reconhecimento a que nenhum trabalho é insignificante diante do GADU.

Assume que cada ação real da Marca como símbolo de individualidade

Busca do entendimento que até as pedras rejeitadas pelo mundo podem se tornar as pedras mais importantes na construção do templo

O termo Marca vem da tradição dos pedreiros medievais, que marcavam suas pedras com um símbolo pessoal de identificação de registro dos trabalhos por eles executados para o devido recebimento do trabalho executado.

Essa lenda ensina que aqueles que são rejeitados pelo mundo podem ter um valor oculto que só será reconhecido no tempo certo.

Enfim, são Capítulos de aprimoramento pessoal em busca de muita reflexão para o aprimoramento pessoal diante das adversidades do dia a dia, que ocorrem desde tempos imemoráveis.

Além do Arco Real e da Marca, temos também no Complexo onde está situada, e são feitas as reuniões da minha Loja Jacques De Molay, 2778, em São Paulo os Capítulos dos Graus filosóficos do Rito Escocês Antigo e Aceito, O Capítulo de evolução da Marca, que é o Capitulo dos Nautas.

E além desses temos também os Templários e Priorado de Malta.

Adicionalmente também funciona uma Loja filiada ao Distrito Inglês – Barão de Mauá Lodge, que tem acordo e reconhecimento do Grande Oriente do Brasil.

Eu me filiei a todos esses capítulos.

Esses Capítulos tem de uma a quatro reuniões anuais.

Se houver interesse dos IIr:. em uma visita a esses Capítulos, é só entrar em contato comigo para fazermos a programação de acordo com a agenda comum.

E, também se os IIr:. se interessarem pela instalação de algum desses Capítulos em Uberlândia, podemos trabalhar juntos.

É comum, aqui em São Paulo, que esses Capítulos sejam formados IIr:. de várias Lojas, inclusive de outras Potencias reconhecidas.


Sylvio Ortega Filho

terça-feira, 4 de março de 2025

FILIAÇÃO NA EDSON ALVES / TRABALHO APRESENTADO

  Dia 28 de fevereiro de 2025 a Loja Maçônica Edson Alves realizou a sua segunda sessão do ano, com um importante comparecimento de 85% dos irmãos do quadro.

Na oportunidade a Loja aprovou a filiação do nosso Irmão Francisco José Fontes Werpel, do quadro da nossa co irmã Loja Maçônica Obreiros da Luz.



 O tempo de estudos foi ocupado pelo Irmão Fontes que apresentou o trabalho: 
O Cinzel Invisivel: Lapidando a Pedra Bruta da Alma com Inteligência Emocional.

 Para apreciação de todos, apresentamos a íntegra do importante trabalho apresentado.



Grau de Aprendiz Maçom

O CINZEL INVISÍVEL:

 LAPIDANDO A PEDRA BRUTA DA ALMA COM INTELIGÊNCIA EMOCIONAL


Saudação as Grandes Luzes.


Amados Irmãos, é com grande honra que aceito o convite para estar aqui hoje, compartilhando reflexões sobre a Inteligência Emocional. Este é um tema que estudo há mais de 25 anos e que considero essencial não apenas para a Maçonaria, mas para toda a jornada de aprimoramento humano. A capacidade de compreender e gerir nossas emoções nos permite lapidar nosso caráter e evoluir de forma consciente, transformando desafios em oportunidades de crescimento.


No simbolismo da Maçonaria, temos a Pedra Bruta, como representação do homem em seu estado inicial, repleto de imperfeições, mas com um potencial extraordinário de transformação. O trabalho do Maçom é, essencialmente, lapidar essa pedra, retirando suas arestas para torná-la apta a contribuir com a Grande Obra.




Mas qual instrumento pode nos auxiliar nesse desbaste interno? A resposta está no desenvolvimento da Inteligência Emocional.


O Que é Inteligência Emocional? 

-    Intelligere é composto por intus (entre) e legere (escolher ou ler)

-    Emovere, que significa "mover de dentro para fora" ou "agitar”


Daniel Goleman, um dos maiores estudiosos do tema, descreve cinco pilares que compõem a Inteligência Emocional:


1.     Autoconsciência – Capacidade de reconhecer as próprias emoções e compreender seu impacto.


2.     Autogestão – Controle dos impulsos, disciplina emocional e resiliência.


3.     Motivação – Capacidade de transformar desafios em crescimento pessoal.


4.     Empatia – Compreensão das emoções dos outros e aprimoramento das relações interpessoais.


5.     Habilidades Sociais – Construção de laços saudáveis e comunicação eficaz.





No caminho do Maçom, esses pilares tornam-se instrumentos essenciais para o desbaste da Pedra Bruta, auxiliando na superação dos desafios emocionais que impedem nosso crescimento.


Na Maçonaria, o Aprendiz recebe três ferramentas fundamentais para o seu aperfeiçoamento: o Cinzel, o Maço e a Régua. Cada uma delas representa um aspecto essencial da evolução humana.





       O Cinzel simboliza a Inteligência e a Disciplina. Assim como ele é usado para esculpir com precisão a Pedra Bruta, a Inteligência Emocional nos permite moldar nossos pensamentos e emoções, refinando nossas ações e atitudes.


       O Maço representa a Força de Vontade. Ele é utilizado para golpear o Cinzel, transformando intenção em ação. Sem a força para agir, o conhecimento se torna estéril.


       A Régua simboliza a Retidão e o Equilíbrio. Ela nos lembra da necessidade de medir nossas ações e emoções, buscando a harmonia entre razão e sentimento.


Essas ferramentas, quando utilizadas com sabedoria, permitem ao Maçom desbastar sua própria Pedra Bruta e evoluir de forma consciente e equilibrada.


Quando falamos em equilíbrio é fundamental entendermos que a existência humana é marcada pela dualidade. Desde os primórdios da filosofia, entendemos o mundo por meio de opostos: dia e noite, quente e frio, bem e mal.


 A mente humana tende a operar de forma binária, classificando experiências em positivo ou negativo. Entretanto, a verdadeira sabedoria surge quando compreendemos que esses opostos não são rivais, mas sim complementares.


Assim como a Pedra Bruta contém imperfeições e potencial, dentro de cada um de nós coexistem luz e sombra. A sombra só existe porque a luz a projeta. Integrar esses aspectos é essencial para o autoconhecimento e crescimento.


Na jornada maçônica, buscamos a luz do conhecimento e da virtude, mas não podemos ignorar nossas sombras, que são compostas por medos, fraquezas, crenças limitantes e aspectos reprimidos de nossa personalidade.


       A Luz representa nossas virtudes, aquilo que já refinamos e expressamos ao mundo.





       A Sombra guarda nossos medos, fraquezas e aspectos reprimidos que ainda precisam ser trabalhados.


Lapidar a Pedra Bruta significa reconhecer que tanto luz quanto sombra fazem parte de nossa essência. O Maçom que busca apenas a luz, sem acolher sua sombra, corre o risco de negar partes importantes de si mesmo. A verdadeira evolução ocorre quando aceitamos e trabalhamos com ambos.


A Inteligência Emocional atua como o Cinzel Invisível, nos permitindo explorar nossas sombras sem medo, compreendê-las e transformá-las em aprendizados e crescimento pessoal. Sem essa integração, a jornada maçônica se torna superficial, pois o verdadeiro aprimoramento exige enfrentar e harmonizar nossos aspectos mais profundos.


Para aprofundar essa reflexão, convido a todos a uma breve meditação guiada: 


Feche os olhos... respire profundamente três vezes... puxando o ar pelo nariz e soltando pela boca.... E a cada respiração você comece a relaxar... e vai se voltando para dentro de você... 



Imagine-se segurando uma pedra bruta. Observe suas imperfeições, seus cantos rudes.






Agora, visualize uma luz dourada em seu coração, iluminando essa pedra.


Veja também sua sombra projetada atrás dela.


Aceite essa sombra como parte de sua jornada, compreendendo que sem ela, a luz não teria contrastes.


       Agora, visualize essa pedra se transformando, sendo lapidada pela consciência, pela aceitação e pelo desejo de evoluir.





       Respire fundo e, ao abrir os olhos, traga essa consciência para sua vida diária.



Finalizo com uma reflexão: De todas as pedras que encontramos no caminho, a mais desafiadora é aquela que carregamos dentro de nós mesmos. Desbastar a Pedra Bruta é um trabalho que requer coragem, paciência e consciência. A Inteligência Emocional é o cinzel que nos permite moldar nosso ser com sabedoria.


Assim, convido cada um a refletir: Quais são as arestas da sua Pedra Bruta que ainda precisam ser lapidadas? Como você pode integrar sua luz e sombra para evoluir?




Agradeço a oportunidade de compartilhar essas reflexões e desejo que cada um continue firme em sua jornada de aprimoramento. Que possamos, com consciência e fraternidade, nos tornar melhores a cada dia.


Muito obrigado! TFA!


Ir.∙. Francisco José Fontes Werpel – M.'.I.'. CIM 256.557

Membro da A.'.R.'.L.'.S.'. OBREIROS DA LUZ – 3.787 Uberlândia-MG, 28 de fevereiro 2025






Referências Bibliográficas:

Ritual 1º Grau Aprendiz Maçom – Rito Brasileiro – 2009

Inteligência emocional: A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente - Ed 1996 – Daniel Goleman

Treinamento de Mentores Master em Inteligência Emocional (SBIE) 2023 


Imagens da Internet